Hoje sabe-se que a razão é tão velha quanto a criação do Universo. As primeiras formas de inteligência tiveram lugar através do pensamento racional ainda com o homem primitivo Homo sapiens, mas parece que hoje em dia ainda, muitas pessoas têm dificuldade em equilibrar as contas entre a emoção e a razão. Porque é que isso às vezes se torna difícil?
Como vos falei no artigo O Chimpanzé Emocional, hoje falo-vos do Chimpanzé da Razão.
Certamente, já vos aconteceu inúmeras vezes, quererem muito uma coisa e comprarem, e alguns dias mais tarde, se questionarem “onde é que eu estava com a cabeça quando comprei isto?” ou então, discutirem fortemente com um grande amigo e depois chegarem á conclusão (horas mais tarde) que “afinal talvez ele tivesse razão naquilo que me disse e eu não lhe dei ouvidos, talvez tenha exagerado um pouco na minha reação”.

Bom, nem sempre as coisas são simples. Vou contar-vos uma história…
Imaginem um apartamento tipo T1 onde moram dois indivíduos: Um dotado da Emoção e outro dotado da Razão. Conseguem imaginar a quantidade de conflitos a ocorrer sistematicamente?
A Emoção provavelmente, sempre muito mais descontraída e, por isso, não se preocupa em arrumar a casa ou lavar a loiça muitas vezes. Já a Razão, sempre bastante atenta ao facto de as janelas estarem sempre trancadas e o sofá sem migalhas. A Emoção iria ficar descontraída a ver um filme mesmo que tivesse muitas tarefas para fazer. A Razão iria pedir que a Emoção colocasse o volume da televisão mais baixo, pois embora também desejasse muito ver o filme, não consegue desligar-se de cumprir as suas obrigações. Talvez agora, as coisas comecem a fazer-vos mais sentido não? Talvez comessem a pensar que isto acontece na vossa casa e inúmeras vezes no vosso pensamento… eu quero muito fazer algo, mas não devo, pois isto é menos importante, embora me desse tanto gozo fazer. “Não posso comprar aqueles sapatos porque são caros, mas são tão giros…” e ficamos num dilema.
Agora imaginem que esse T1 é o nosso cérebro, e a Emoção e a Razão vivem mesmo lado a lado. Já vos parece ficar mais clara a ideia?
Pensem no nosso cérebro como uma casa onde habitam dois chimpanzés, o chimpanzé Emocional (que já vos falei) e o chimpanzé da Razão. Ora se um é em modos gerais, bastante impulsivo e, obviamente falo-vos do emocional. O da razão, é muito mais cauteloso, o que torna por vezes a nossa cabeça num conflito de interesses.
O nosso dia-a-dia é feito de escolhas e decisões (mesmo que demoremos algum tempo para compreender ou assumir isso). Quando acordo, estou a decidir acordar, quando vou tomar banho, estou a decidir tomar banho e por aí fora. A Razão tem de estar sistematicamente a planear os futuros seguintes a uma decisão, mas ainda mais complexo que isso é preparar cautelosamente ação, após ação. Cada vez que há uma coisa para decidir (seja apenas se vou sentar-me no sofá assim que chegar a casa, ou, porém vou fazer todas as tarefas antes, de me sentar no sofá), a Razão calcula as necessidades e consequências daquela tomada de decisão.
Muitas escolhas que fazemos não são nada fáceis, nem simples ou rápidas de definir. Mas uma coisa é certa, temos de tomar uma decisão.
Sim, na nossa casa-cérebro vivem dois chimpanzés, o Chimpanzé Emocional e o Chimpanzé Racional. Não podem viver separados, pois apesar dos conflitos que existem muitas vezes entre os dois, esses conflitos são essenciais para o nosso equilíbrio psíquico. Mas podemos aprender a gerir melhor esses conflitos internos se nos debruçarmos sobre eles e aprendermos algumas estratégias de atuação mental.
Para ficar a saber mais convido-o a ler O Paradoxo (Teoria) do Chimpanzé do Dr. Steve Peters – Programa de Gestão Mental para ter Confiança, Sucesso e Felicidade.
Falaremos disso na próxima vez.
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