O Chimpanzé Emocional é aquele que vive dentro da nossa casa-cérebro e partilha o seu espaço com o Chimpanzé Racional.
O Chimpanzé Emocional é o mais fanático de todos, pois parece acordar sempre em situações de maior tensão ou limite. A verdade é que ele está sempre presente pela casa, mas muitas vezes está ocupado a fazer outras coisas. O Chimpanzé Emocional é aquele que nos permite grita
r com alguém, porque estamos zangados ou chorar, porque o nosso filho acabou de dar os primeiros passos pelo chão da sala.
As emoções são uma coisa “tramada” e o Chimpanzé por vezes parece “louco” (um pouco mais do que os outros), mas sem ele não somos capazes de sentir. É verdade, é ele que nos ajuda a interpretar as sensações que nos chegam de inúmeras maneiras através dos nossos sentidos. Estou a falar-vos obviamente dos sons, dos cheiros, do que vemos, do que saboreamos e do que tocamos. Através da nosso pele, o maior órgão, recheado de receptores somos capazes de captar imensas sensações. Fantástico não é ?
Agora com os dias mais longos, com mais luz, com o tempo a aquecer o nosso Chimpanzé Emocional parecer ter sido “injectado” com boas vibrações. Já repararam que a grande maioria das pessoas está mais disponivel para ouvir ? Mais alegre, mais “tranquila” ? Esta época do ano é caracterizada por isso, principalmente em Portugal com as boas praias e espaços verdes para passear, as pessoas não parecem tão preocupadas.
No entanto há quem deprima também nesta altura do ano. Contraditório não acham? Bom, isso tem uma explicação. Muitas pessoas vivem isoladas e fechadas em si mesmo. Passear sozinho não é igual a ver um grupo de pessoas alegres a passearem juntas. A experiência é diferente. Certamente, por vezes, também sentiram isso. Na verdade estar sozinho e aprender a fazer coisas sozinho é bastante interessante e gratificante, no entanto é necessário aprender a gostar de nós mesmos e a aceitar as coisas que gostamos e não gostamos. Por vezes uma boa terapia, com um plano bem definido nesse sentido, ajuda a pessoa a sentir-se mais capaz de gerir a sua vida mesmo que exista o peso da ideia de que “estamos sozinhos e eu sinto-me só. Irrita-me a felicidade dos outros. Porque é que eu não posso ser igual aos outros?”
Pois bem, para tudo é preciso um principio. O primeiro passo é o mais difícil, acreditem.
Beijinhos e abraços,
FC