Um tema como este desperta-nos para o mundo da adolescência e dos jovens adultos, no entanto, os dados começam a ser um pouco diferentes. A Internet Gaming Disorder faz parte das perturbações aditivas e tem tido cada vez mais aderentes.
É certo que o sexo masculino tem estado sempre em maior evidência para este tema, mas o sexo feminino começa a emergir. Na idade entre os 35 e os 54 anos estão as pessoas em risco de virem a ter problemas futuros relacionados com os videojogos, os jogos no smartphone e as apostas desportivas. Já a faixa etária entre os 45 e os 64 anos é aquele onde encontrámos o jogo patológico.
Apesar do que se podia pensar, as categorias profissionais estão todas representadas e a maioria das pessoas está empregada com rendimentos entre os 750 e os 1500€ em média.
Que comportamento é este?
O comportamento manifestado é semelhante aos comportamentos aditivos mais “clássicos”, como o álcool e as substâncias ilícitas.
Principais características comportamentais:
- Incapacidade para controlo sobre o uso do jogo;
- Priorização do jogo em detrimento de outros interesses de vida;
- Continuidade do comportamento de jogo mesmo após consequências negativas para as várias áreas de vida (pessoal, familiar, escolar, profissional, outra).
O comportamento aditivo de jogar ou apostar, pode ser pontual e repetitivo ou contínuo devendo estar presente, pelo menos, nos últimos 12 meses.

O que Torna o Jogo Tão Viciante?
Quando o jogo dá a possibilidade de jogar contra outra pessoa, torna-se ainda mais apetecível do que jogar com experiência apenas com recurso à inteligência artificial.
O fator da competição online, é um ponto-chave e surge como um forte aliado àquilo que é “tentador” principalmente, quando existe um ranking explícito. O acumular de pontos, o acumular de dinheiro, mesmo que virtualmente, leva ao estímulo de querer cada vez mais.
O grande problema aparece quando o jogo, seja de que tipo for começa a controlar a vida. As pessoas chegam atrasadas a um compromisso porque estiveram à espera do resultado, evitam sair de casa porque vai dar um jogo, isto no caso das apostas desportivas, ou está marcada uma competição online da qual não podem faltar com risco de desqualificação. Há ainda quem evite deslocar-se para outras zonas, com medo de ficar sem acesso à internet, principalmente, pelo facto de essa sensação gerar ansiedade e receio.
Alterações no Humor e na Qualidade do Sono
Sabemos hoje em dia que o uso excesso de equipamentos tecnológicos influencia a qualidade de sono, devido a quantidade de estímulo recebido nos olhos (que entra pela retina) provocando uma excitação extra no cérebro.
Certamente, já tinha ouvido falar deste mecanismo. Pese embora o processo seja de facto um pouco mais complexo do que o descrito, o mais importante é compreender que esta estimulação, principalmente imediatamente antes de deitar não ajuda em nada o panorama do dormir bem.
As alterações de humor não são por norma muito exploradas, porém, também devem ser levadas em consideração já que é muito comum a irritabilidade ou frustração, quando a pessoa não consegue passar um determinado nível ou superar um obstáculo e perde uma vida ou perde uma aposta. Felizmente, no caso da perda de vida no jogo ela é recuperável, mas atrevo-me a dizer que muitas pessoas estão a perder a sua própria vida ao continuarem conectadas a um mundo irreal dos videojogos ou das apostas, uma vez que em parte, este comportamento é uma forma de fuga à realidade e aos problemas. Consequências para além do óbvio…
Dados estatísticos retirados de SICAD, 2019 – Dossier temático.
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