Comecemos pelo princípio: O que é a sorte? A sorte é definida pela combinação de diferentes circunstâncias e pode resultar em algo positivo ou negativo. Por norma, a questão da sorte associa-se maioritariamente a ganhos e não a perdas, mas há quem tenha muita sorte perdendo (mais à frente explico porquê).
A palavra sorte ou azar é comum surgir no meio de uma conversa, o que faz a diferente é o facto de acreditamos ou não na sua existência. Se pensarmos bem, diretamente, não podemos criar a sorte ou o azar pois estão fora do nosso controlo. Porém, podemos fazer outras coisas para nos aproximarmos mais do sucesso, independentemente da sorte ou do azar, tudo depende da atitude que temos e como encaramos o desafio.
Primeira ideia – ACREDITAR:
No início da minha infância tinha muita dificuldade em acreditar em mim e no que era capaz de fazer. Felizmente, sempre tive bons exemplos em casa e nas relações de amizade que puxaram por mim.
Ao meu redor, descobri que tinha pessoas persistentes, mesmo quando existiam outras que não acreditavam nas suas capacidades. Conheci, ao longo do meu crescimento, outras pessoas que contra a maré e o vento sobreviveram a situações muito complexas e inesperadas da sua vida e que mudaram as suas vidas em 180°. Isso fez-me começar a ser um pouco mais “crente” em mim própria, podia ter alguns pontos fortes que teria de os descobrir e certamente, teria de aprender a lidar com os pontos menos bons. Melhorar esses, também seria meio caminho para equilibrar as forças e construir uma pessoa capaz de atingir os seus objetivos. Foi esse o caminho que decidi tomar mas, não parei de questionar.
Queria saber como é que essas pessoas, no meio do turbilhão de dificuldades se mantinham a sorrir, mesmo quando muitas outras pessoas criticavam. A resposta foi muito mais simples do que aquilo que eu era capaz de ver na altura: “se eu não acreditar em mim, quem vai acreditar?”. Não deixa de ser algo que a grande maioria de nós se esquece. Muitas vezes, o nosso principal inimigo (obstáculo) somos nós que criamos, mas já falaremos sobre isso um pouco mais à frente.
Segunda ideia – DEIXAR DE SER PESSIMISTA:
Nunca fui uma pessoa otimista ao exagero de pensar sempre que “as coisas vão correr bem” independentemente das circunstâncias. Fui inclusive, algumas vezes criticada por essa postura muito racional. Mas a melhor parte vem a seguir, conto-lhe um pequeno detalhe da história que passou a fazer toda a diferença na minha vida e mudou a minha forma de pensar.
Em tempos, numa das minhas primeiras experiências de trabalho, tive um chefe que me disse uma vez que eu era uma pessoa “castradora” e não permitia que fosse possível sonhar. Na altura fiquei imensamente chateada e revoltada com a observação e senti que a minha forma de ser e estar fora posta em causa. Contudo, depois de parar para pensar do porquê dessas suas palavras e da minha atitude, descobri que essa pessoa até tinha um certo conhecimento de causa, mas não o estaria a colocar no contexto certo.
As pessoas confundiram duas coisas muito distintas naquela reunião, a diferença entre ser-se metódica ao ponto de criar um plano para o sucesso (construir a própria sorte) e o facto de querer fazer-se algo completamente fora da realidade atual, sem qualquer cálculo sobre o risco, sem um plano B, o que poderia ter um impacto verdadeiramente negativo para um grupo específico de pessoas (criar o azar).
Acabei, no entanto, por fazer um exercício muito útil afastando-me para conseguir ver o panorama geral. Uma espécie de Zoom OUT, para poder depois mais tarde voltar a fazer Zoom IN. Com esse exercício (uma ferramenta que aplico muito no contexto terapêutico), descobri e aprendi um ponto importante, talvez eu estivesse a ser realmente pessimista ao ponto de achar que nada seria possível mudar.
Portanto, aprenda uma coisa realmente importante a reter: é de fato essencial conseguirmos ver sempre um lado positivo face às adversidades, pois mesmo quando nos sentimos julgados estamos a aprender alguma coisa. Sim, nem sempre as situações tomam o rumo que desejamos, mas isso não poderá ser suficiente para nos fazer deixar de acreditar. Comece por treinar como não ser tão pessimista e por deixar, uma porta aberta sobre a possibilidade das coisas de facto melhorarem mesmo que por esta altura, não esteja a ver como. Experimente e logo verá.
Aprendi com esta parte da história que desistir à primeira está fora de questão. Aprendi a permitir-me sonhar um pouco mais, ainda que mantenha as minhas regras do jogo bem assentes, como ter objetivos concretos, traçar um plano A, um plano B e aceitar que as dificuldades fazem parte do processo para quem quer atingir o sucesso.
Aprendi a reformular o plano inicial sem grande drama e pô-lo em prática (ser sobretudo mais flexível). Se necessário reajustar, não há nenhum male nisso, pelo contrário, isso obriga-nos a procurar outras formas de saber fazer. Lembre-se de quantas receitas diferentes existem para se fazer um simples bolo de chocolate? Experimente pesquisar no google…
Terceira ideia – RESILIÊNCIA ou PERSISTÊNCIA (como preferir):
Quando desistimos ao primeiro obstáculo que nos aparece, estamos a alimentar a crença de não sermos capazes, não sermos suficientemente bons para fazer algo que gostaríamos muito. Isso tem um peso enorme na nossa cabeça, pois o sentimento de desilusão e fracasso é imenso ficando presente no nosso dia-a-dia (como uma nuvem a pairar nos pensamentos).
Todos nós sabemos, que os atletas, os atores, os médicos de sucesso são reconhecidos pela capacidade de obter excelentes resultados, mas aquilo que ninguém fala, ou poucos têm capacidade para se exporem, é que todos eles tiveram duas coisas em comum: falharam muitas e muitas vezes para conseguiram atingir o sucesso nas suas carreiras.
Temos muitos exemplos desse tipo de pessoas e não precisamos de procurar muito, por vezes basta parar para olhar para as pessoas à nossa volta. Dar valor a elas. As suas histórias não foram passeios tranquilos como imaginamos, o sucesso só foi possível pela persistência e pelo empenho e dedicação de cada um. E sim, isso existe mesmo, não é nenhum filme de ficção, é a vida real. Se eles conseguiram, todos nós conseguimos fazê-lo, mesmo em proporções diferentes. O sentido de grandeza e sucesso varia consoante a nossa expetativa e realidade.
Para que não se esqueça:
“A resiliência é a capacidade do indivíduo lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, stress, algum tipo de evento traumático, etc. – sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades” Boris Cyrulnik
Quarta ideia – NÃO TENHA MEDO DAS MUDANÇAS (por vezes é necessário arriscar):
Estamos sempre muito sensíveis à crítica, queixamo-nos dos amigos que temos, queixamo-nos da família que temos, queixamo-nos do trabalho que temos, queixamo-nos dos sítios que não fomos…mas poucas vezes damos abertura para experimentar coisas novas e aceitar novas mudanças.
Esta questão é uma realidade muito humana, pois o cérebro está formatado para reagir se nos sentirmos sem controlo sobre as situações (nem sempre da forma mais assertiva…). Quando vamos a algum sítio pela primeira vez, ou quando conhecemos uma pessoa pela primeira vez por exemplo, ficamos agitados numa fase inicial. Não é que tenhamos controlo sobre esse aspeto, é o nosso cérebro a comunicar, a deixar-nos preparados para fugir se for caso disso. É por isso que temos sempre tanto receio numa mudança, pois isso é fazer-nos ir em direção ao desconhecido. A tarefa do nosso cérebro é analisar que existe uma situação nova, que não é segura (pois ainda não foi descoberta) e alertar-nos para os perigos que possam surgir.
Se parar para pensar, certamente conseguirá enumerar algumas mudanças na sua vida que numa fase inicial não foram muito fáceis, mas talvez depois de algum tempo, tenham trazido coisas novas e boas para a sua vida. Se ficarmos sempre no mesmo sítio, a probabilidade de conseguirmos mudar algo (no sentido positivo) é muito menor.
Existem muitos outros aspetos que influenciam o caminho para o sucesso, mas uma coisa deve estar sempre presente: SIM, a sorte constrói-se com a conjugação dos ingredientes certos. São raras as pessoas que acertam à primeira, por isso tente e persista. Trace um objetivo, seja disciplinado, persistente, não desista à primeira dificuldade, confie em si, acredite e SONHE!
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