As pessoas que não reconhecem a psicologia e a terapia como algo sério, são na realidade as que nunca experimentaram ou, por outro, tiveram a infelicidade de ter tido contato no “dia e hora errada” com um profissional talvez menos competente.
Na prática, são pessoas que fogem a «sete-pés» da palavra doença e acreditam que não têm nem nunca irão ter qualquer problema, nem entendem qual é o drama à volta da questão.
As pessoas desinformadas são aquelas que criticam a psicologia e a rotulam como sendo para “as pessoas loucas” (num dia mau…não somos todos um pouco ‘loucos’?). São aquelas que falam da depressão, da ansiedade e da obsessão sem terem noção do quanto podem causar sofrimento e serem por vezes incapacitantes, são aquelas que não sabem ao certo o que as distingue uma da outra, pois a informação que recolhem são de fontes pouco credíveis e por isso, pouco claras e confusas, colocando tudo no mesmo “saco” e minimizando por vezes até a dor emocional.
Podem até reconhecer que um amigo, o chefe ou a namorada parecem um pouco fora de si, mas são incapazes de reconhecer que precisam de ajuda. Podem ser até um pouco cruéis na sua autoanálise, pois facilmente menosprezam a ideia de pedir ajuda quando elas próprias se sentem em baixo.
Fogem da ideia de partilhar com os outros à sua volta, que às vezes também elas não compreendem os seus próprios sentimentos e se sentem igualmente, por vezes “alienadas do mundo”. A forma mais fácil de lidar com os seus problemas é partirem para a irritabilidade numa conversa, assim como atribuírem rapidamente a fonte dos problemas aos outros, chegando por vezes a rotulá-los. Acabam por perder a razão ou ter comportamentos desajustados, como por exemplo, amuar ou fugir a temas importantes constantemente.
O que as pessoas ainda não aceitaram é que não é preciso ter qualquer patologia mental para recorrer a um psicólogo. Na verdade, quanto mais precocemente se iniciar uma primeira abordagem, mais fácil é a sua compreensão. Quer haja perturbação ou não diagnosticada, a terapia é uma ferramenta essencial para se aprender a lidar melhor com as emoções e com os desafios da vida.
É uma oportunidade única para se conhecerem melhor enquanto pessoas e poderem, através dessa via, potenciar o melhor de si, obtendo níveis mais satisfatórios de resultados. Todos nós temos emoções e questões que se podem tornar ambivalentes, confusas, contraditórias, estranhas e contra os valores e princípios da nossa existência.
Quanto aos resultados, eles não aparecem de um dia para o outro, pese embora existam muitos desconfortos que podem ser facilmente superados ao fim de poucas sessões, pois o que precisavam era somente uma aceitação do que está a acontecer. Também é certo que questões mais profundas precisam do seu próprio tempo. Tudo vai depender muito da qualidade da relação estabelecida entre a pessoa e o terapeuta especialista, que é o psicólogo. É necessário uma total disponibilidade e entrega entre as partes, uma espécie de “química terapêutica” e nem sempre as pessoas mais desconfiadas estão disponíveis para tal.
Muitas pessoas “acham” que o diálogo entre a pessoa e o terapeuta é uma fraude ou têm a ilusão que não passa de um esquema (qualquer) para manipular. O que estas pessoas desconhecem é que o diálogo é, na verdade, a riqueza para que a mudança aconteça. É certo, que muitas vezes, a tónica não é centrada no «mudar ou não mudar», mas sim, no que se pode fazer para que a pessoa passe a sentir-se bem com os seus pensamentos e sentimentos.
A “escuta qualificada” de um psicólogo é totalmente diferente de um dito “ombro amigo” (atenção que os amigos são essenciais na vida), pois aqui não se trata somente de ouvir, trata-se de escutar, assimilar, acomodar e devolver, ainda que não existam julgamentos nem juízos de valor, não existem questões raciais, culturais, sexuais e por aí em diante. Existe o respeito, a ética profissional e muito importante, a garantia da confidencialidade e imparcialidade daquilo que é dito e não dito.
As pessoas (não) acreditam nos benefícios da terapia, é porque ela é uma ferramenta poderosa para quem (alguns exemplos):
1) Está a passar por uma fase de grande mudança na sua vida (emprego, casa, estado civil, projetos);
2) Está a ter constantemente pensamentos destrutivos sobre si ou sobre a sua vida;
3) Está com dificuldade para gerir as suas emoções (sejam elas boas ou menos boas);
4) Está a ter dificuldade em manter a alegria no seu dia-a-dia;
5) Está a usar cada vez mais o recurso ao álcool ou outras substâncias como forma de escape;
6) Sente necessidade de mudar o rumo da sua vida (relacionamentos, emprego, casa);
7) Se precisa de alguém que o ajude a refletir sobre um determinado assunto;
8) Se precisa de alguém para o ajudar a tomar uma grande decisão na sua vida;
9) Se procura conhecer-se melhor e aceitar as suas diferenças;
10) Se tem medo de poder perder o controlo a qualquer momento;
11) Se quer melhorar as suas competências sociais/relacionais;
12) Se deseja passar de chefe a líder, por exemplo.
Para aqueles que nunca experimentaram terapia, e que ainda assim, usam da palavra para afirmar o quanto ela é irrealista, talvez nunca venham a conseguir compreender os benefícios da mesma.
Para aqueles que entraram agora no processo, desejo-vos uma ótima caminhada rumo a uma fase incrível da sua vida.
Para aqueles que já desfrutaram dela, gratidão pela vossa coragem e empenho, e total respeito por aquilo que conquistaram.
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