A saúde mental e, de forma particular, a psicologia, tem estado desde sempre muito conectada com a ideia de que a ida a uma consulta com um psicólogo é porque, efetivamente, algo não está bem. Bom…e se lhe disser que esta ideia não é correta? Continue a ler se quer saber a verdade.
A psicologia enquadra-se nas ciências humanas (não exatas) em que o seu foco é a compreensão dos processos mentais (pensamento) e do funcionamento humano (comportamento), nos seus mais variados contextos.
Parece lógico assumir que a psicologia serve para intervir no que está a funcionar menos bem numa pessoa, ao nível dos seus pensamentos e comportamentos e ajudar a colocar tudo no lugar certo (parece simples e rápido, mas não é…). Contudo a psicologia vai muito para além desta ideia.
Se olharmos para a psicologia como o típico iceberg, veremos que normalmente se assume que a parte visível é a zona da psicologia aplicada ao tratamento da depressão, da ansiedade, dos comportamentos obsessivo-compulsivos (POC), da bipolaridade e por aí fora. Não é só por culpa da cultura instalada, mas também é culpa dos próprios profissionais (tal como eu) que assumem uma comunicação e postura agressivas nas redes sociais principalmente, no facebook e instagram com publicações intensivas e repetitivas que se tornam por vezes “vazias” e redundantes sobre estas temáticas. Ficando a ideia que a psicologia e os ditos psicólogos só servem e só sabem intervir na depressão e na ansiedade (claro que sabem fazer muito mais e bem, mas não temos tido capacidade para passar de forma mais eficiente a mensagem que realmente queremos passar: a saúde mental está na base de todas as “saúdes”).
Então e os outros problemas? Então e se eu não tiver um problema desse tipo, posso ir na mesma ao psicólogo? E vamos falar de quê?

A psicologia vai muito para além dessa pequena zona visível aos olhos. Se imaginássemos um mergulho no mar ao lado do iceberg, iriamos poder ver a continuidade da grandeza da psicologia, possibilitando compreender que através dela conseguimos trabalhar o desenvolvimento pessoal e os níveis de autoconhecimento das pessoas, fazendo-as potencializar as suas capacidades naturais e ajudá-las a serem mais produtivas, mais eficazes e a tomar melhores decisões, sem que estas tenham algum problema de foro mental. Passo a explicar melhor:
Uma pessoa pode sentir necessidade de ter ajuda pontual e regular de um psicólogo para compreender algum pensamento, ajudar a delinear um plano futuro, ajudar a gerir as suas emoções, necessitar de uma visão exterior completamente isenta para lhe ajudar a ver melhor todo o processo e ainda assim, a pessoa ser totalmente capaz de gerir a sua vida.
Quanto de bom seria se todos nós tivéssemos alguém na nossa vida a quem pudéssemos expor os mais variados assuntos de forma totalmente livre, sem receio de ser mal-interpretado, sem julgamentos e sem justificações. STOP! Aposto que ao ler a última frase, pensou, “mas eu tenho alguém…a pessoa A, ou o meu namorado, o amigo”. Se tem melhor para si, mas e essa pessoa é isenta o suficiente para lhe conseguir dar uma visão clean do lado de fora? Hum…e será que partilha com ela todos os seus pensamentos? TODOS!? Duvido… há sempre uma parte que fica em nós por receio, por medo de nos expormos, por acharmos que nos vão achar «assim e assado».
Essa pessoa, esse profissional, existe e chama-se psicólogo. Ele é uma fonte rica em conhecimento que tem na base da sua formação as ciências humanas e de conhecimento profundo do ser humano. A este modo de intervenção ou apoio, se assim entendermos “rotular”, também é paralelamente designado de coaching.
Na sua mais simples descrição, o coaching é uma “parceria com o cliente, através de um processo estimulante e criativo que o inspira a maximizar o seu potencial pessoal e profissional”, define a International Coach Federation.
Seja qual for o nome que sinta mais confortável usar, fique a saber que um psicólogo na sua vida pode ser uma mais-valia para o seu crescimento pessoal, pois vai estimular o pensamento crítico, o pensamento criativo e sobretudo, vai apelar à mudança de mindset. Naturalmente, vai ajudar a colocá-lo muitas vezes fora da sua zona de conforto, através do recurso a desafios que lhe possa propor em jeito de “tarefas para levar para fora do consultório”.

Desengane-se, se também acha que as consultas com o psicólogo se encontram circunscritas ao gabinete/consultório, aos 50 ou 60 minutos de consulta e, a uma vez por semana ou de quinze em quinze dias, pois como costumo alertar nas minhas consultas, só se aprende no mundo real que é a vida por isso, ao sair para lá da porta do gabinete começa o verdadeiro trabalho.
A pessoa tem aqui uma oportunidade de ouro para poder colocar em prática o que discute e aprende nas sessões (o que funcionar consigo ou não), podendo regressar à base para ajustar o necessário.
Há maior oportunidade do que esta?
Há maior oportunidade do que esta? O mundo com quem nos cruzamos (desde a senhora do supermercado, ao amigo e à família) dar-nos oportunidade de testar o que aprendemos e podermos assim, ser mais gratos, estar em sintonia com os nossos valores, transmitir segurança e confiança, ser ainda mais felizes e concretizados?
Mas atenção, esta experiência de facto não é nem pode ser aplicada a todas as pessoas utilizando exatamente as mesmas estratégias e uma vez mais, não tem nada de mal nisso.
Simplesmente, cada um de nós tem necessidades diferentes em momentos diferentes da vida. Se a pessoa sofre de ansiedade ou depressão é preciso priorizar esta área e ajudá-la a encontrar ferramentas e aplicá-las , ferramentas estas que se adequem a si e a ajudem a superar o seu sofrimento e a sua dor. Só depois podemos avançar para a segunda parte do trabalho (há de fato pessoas que me chegam ao consultório preparadas para começar na segunda parte, outras efetivamente que não).
Imprevisível
A vida, tal como a conhecemos pode mudar de um momento para o outro.
Ela é, e pode ser muito imprevisível. Imagine o que seria se soubéssemos com antecedência o que ia acontecer a seguir…no dia a seguir, na semana a seguir, no mês a seguir, no ano a seguir. Será que viveríamos da mesma maneira? Tomaríamos as mesmas escolhas? Nos preocuparíamos com as mesmas coisas? Daríamos o mesmo valor às circunstâncias? Provavelmente não, portanto, não sendo possível usar este truque, há que encontrar uma fórmula que nos ajude a viver naturalmente.
Adoro o que faço por isso, a motivação que sinto para ajudá-lo/a no seu desenvolvimento pessoal, dar-lhe condições para o seu autoconhecimento, para mim é tirar o melhor proveito do tal mundo.
Saiba mais sobre mim clique aqui.
Onde dou as minhas consultas? clique aqui.
#psicologia acompanhamento psicológico adoção ansiedade bem-estar brain cliente consulta psicológica covid-19 crescimento pessoal criança crianças cérebro depressão desenvolvimento pessoal dicas dor emoções felicidade filme filomenacpsicologa gestão mental happiness leitura ler life life style livro mindset padrão de comportamento pais pensamentos psicologia psicoterapia reflexões relação terapêutica relações serie tv sofrimento stress sucesso sugestão leitura terapia tratamento vida