Sentir formigueiro ou dormência nos membros superiores e inferiores principalmente, nas pernas e mãos é mais comum do que se pensa. É verdade que podem ocorrer por exemplo, quando nos sentamos com postura errada numa cadeira e impossibilita a correta circulação sanguínea. Porém, quando não existe nenhuma causa médica que justifique este desconforto, podemos encontrar uma outra justificação – uma resposta do corpo à ansiedade.
Sim é verdade, sofrer de ansiedade pode causar sintomas menos comuns dos quais não estamos habituados a ouvir falar. O que sabemos é que as pessoas que sofrem de ansiedade e que começam a ter estas sensações corporais, ficam ainda mais agitadas e por isso, ainda mais ansiosas. Compreendendo que não conseguem encontrar nada que faça diminuir ou parar o formigueiro ou dormência, podem acabar por adotar outros comportamentos como esfregar ou coçar constantemente a zona, numa tentativa de controlar a situação. No entanto, a sensação de “falta de controlo” faz aumentar os níveis de ansiedade.
A sensação de formigueiro pode levar a pessoa a pensar que há algo de errado consigo, fazendo-a a sentir-se mal consigo mesmo. Algumas vezes, até evitando ou escondendo o assunto aos seus entes mais queridos e pessoas próximas de si. Normalmente, as pessoas acabam por recorrer ao médico para fazer um despiste e muito bem! Esta deve ser a primeira etapa a cumprir, isto é, descartar do ponto de vista médico que não há nada que possa estar a desencadear esta resposta do corpo.
Quando não é encontrada nenhuma causa médica, é recomendado que se recorra a terapia cognitivo-comportamental para diminuir e eliminar a ansiedade. Pode ainda ser recomendado, algum recurso farmacológico para controlo físico dependendo das situações. Mas, nem sempre a recomendação de terapia é bem aceite apesar dos bons resultados.
Numa fase inicial dos sintomas e antes mesmos de recorrer à terapia, pode adotar algumas estratégias para diminuir a sensação de desconforto. Falarei nelas mais à frente.

Quais as causas que explicam a sensação de formigueiro por ansiedade?
É importante ter presente que este tipo de manifestação pode ser diferente de pessoa para pessoa. Há quem diga que primeiro sente dormência e só mais tarde, com o agravar da situação sente o formigueiro. Este desconforto pode estar sempre presente de uma forma mais ligeira ou surgir intensamente, após uma resposta à ansiedade. Existem ainda relatos de pessoas que caraterizam a dormência como uma sensação de calor.
Uma das causas está na hiperventilação – a respiração ofegante. Quando nos sentimos ansiosos o nosso batimento cardíaco aumenta, assim como a nossa respiração (não é em vão que a primeira estratégia de combate à ansiedade passa por controlar a respiração!).
A hiperventilação é criada pelo desequilíbrio de ar. Quando estamos a respirar rápido demais não permitimos a entrada correta de oxigênio com a dose necessária de dióxido de carbono. É preciso existir uma simetria entre as partes. Também é por esta razão que quando estamos a hiperventilar, é recomendado respirar para dentro de um saco de papel ou colocar as mãos em concha na zona da cara cobrindo a zona da boca e do nariz. É por isso fundamental aprender a respirar corretamente praticando exercícios adequados.
A exposição diária a ambientes com níveis elevados de stresse pode igualmente provocar ansiedade, fazendo com que o corpo tenha necessidade de manifestar-se para abrandar o ritmo. Isto acontece porque o stresse tem uma influência direta no nosso sistema nervoso central. Quanto mais pensar no formigueiro ou na dormência, mais ela vai estar presente e maior sensação de falta de controlo vai sentir.
O que pode fazer para ajudar a controlar a ansiedade?
– Aprender a controlar e a respirar corretamente, praticando exercícios de respiração do diafragmática;
– Aprender a relaxar praticando mindfulness por exemplo;
– Afastar-se ou diminuir os contactos com ambientes stressores;
– Fazer caminhadas com regularidade, estimulando o fluxo e circulação sanguínea;
– Procurar ajuda profissional adequada e iniciar tratamento com terapia cognitivo-comportamental.
Não esquecer que outros sintomas físicos podem ser provocados pela ansiedade como tonturas, falta de ar, dores no peito, sensação de desmaio são tudo sinais de alerta.
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