“Qual é a tua praia?”

“Qual é a tua praia?” é uma expressão muitas vezes utilizada para questionar o que se faz na vida, quais os interesses e competências. Parece ser uma pergunta para uma resposta simples, mas na grande maioria das vezes, não é.

Saber a que “praia se pertence” implica saber muito bem quem somos e para onde queremos ir ou pelo menos, para onde não queremos. Sabermos o que dizer perante uma pergunta destas pode ser ainda mais complexa, afinal de contas – eu sou tanta coisa ao mesmo tempo!!

Esta pode ser uma pergunta para fazer ao longo de toda uma vida, se pensarmos que as mudanças vão ocorrendo gradualmente, umas por força do nosso crescimento físico e intelectual, outras pela forçosa necessidade de ultrapassar obstáculos. Alguns desses obstáculos vão-nos marcar para todo o sempre.

Portanto, quando perguntam “qual é a tua praia?” a tendência será para dar uma resposta curta, pouco profunda e mudar rapidamente de assunto. Dependendo do contexto, a pergunta pode até ser considerada bastante embaraçosa.

Esta pergunta faz-nos sem dúvida questionar – o que sei sobre mim que me possa definir perante os outros? Não deverá ser uma tarefa diária, não para a maioria, mas pelo menos deve ser encarada como uma tarefa regular. Este pensamento implica olhar para dentro de nós, numa perspetiva de análise interna que nem sempre estamos preparados para fazer.

A nossa tendência é fácil em relação aos outros à nossa volta, muitas vezes julgamos as suas reações e ficamos muito agitados com alguns dos seus comentários e atitudes. A pergunta é: se não pensarmos em nós em primeiro lugar, como podemos “apontar o dedo” aos outros?

Pensar em nós, obriga-nos a olhar para o lado bom e o lado mais cinzento, provocando uma sensação de desconforto. Pensar sobre nós obriga a refletir sobre a vida e sobre a tomada de decisões que possam até ter sido más decisões. Ter esta capacidade de perceber “qual é a nossa praia” é sem dúvida uma jornada no crescimento pessoal, que tem os seus próprios desafios e benefícios.

Utilizando um zoom alargado para clarificar, podemos dizer que o benefício mais direto é ter a noção daquilo que gostamos e não gostamos tornando-se numa riqueza de conhecimento que nos pode ajudar seriamente na tomada de decisões. Por outro, ao conhecermos a nossa praia, ficamos com uma noção mais transparente da forma como nos comportamos, podendo assim fazer alguma previsibilidade das nossas reações e consequentemente, ter uma maior capacidade de controlo sobre essas mesmas situações. Por fim, mas não menos importante, ter a noção evidente qual a imagem que estamos a passar aos outros, quer sejam os colegas do trabalho, como familiares e amigos permite compreender muitas das vezes porque é que fomos tratados de uma ou de outra maneira.

Por exemplo, uma pessoa que sabe que tem uma forma de comunicar arrogante, pode ser muitas vezes interpretada como inconveniente ou mal-educada. Ter essa noção, pode ajudar a antecipar alguns comentários e comportamentos, fazendo assim diminuir a probabilidade de um insucesso.

Segundo exemplo, se a pessoa sabe que é tímida de mais para ter iniciativa para marcar um encontro, pode arranjar estratégias que facilitem essa iniciativa e que se ajustem melhor à sua forma de estar e personalidade.

Em ultima instância, se quer “conhecer a sua praia” e tem tido dificuldades para o fazer, pode através de consulta psicológica desenvolver essa capacidade de análise das situações.

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