A “Ressaca” Positiva Após Uma Consulta: É Possível?

Toda e qualquer comunicação entre duas ou mais pessoas, durante um determinado período de tempo leva a um desgaste psicológico e emocional elevado. Independentemente do seu teor, este mecanismo obriga ao cérebro a estar ativo em áreas particulares que exigem um grande consumo de energia.

O envolvimento emocional também é uma componente que obriga a um desgaste superior. Quando nos envolvemos emocionalmente com alguma tarefa ou conversa é sinal que a informação tem significado profundo para nós e por isso capta a nossa atenção com maior facilidade do que outras coisas. Consegue lembrar-se o que almoçou na última segunda-feira? Talvez não tenha sido assim tão importante para si.

Toda e qualquer sessão terapêutica na área da psicologia exige uma grande capacidade de concentração e atenção não só da parte do psicólogo, pois tem de estar em constante observação, analise e interpretação de conteúdo, mas igualmente da parte do cliente.

Quando faço aqui uso da palavra ressaca, certamente lhe veio à cabeça a ideia de uma grande noitada e do dia seguinte…esse dia doloroso e sensível. Bom, à semelhança desse acontecimento, logo após a sessão psicológica, é possível sentir um grande desgaste, uma espécie de ressaca terapêutica, isso é na verdade, natural que ocorra. Há quem seja mais ou menos sensível a essa tal sensação de ressaca que é, nada mais, que o efeito de um desgaste emocional forte.

 

Numa consulta, o cérebro é levado a processar quantidades enormes de informação intensa durante cerca de 60 minutos, são rebuscadas memórias, são cruzados pensamentos, são reconhecidos e interpretados comportamentos, portanto a ativação neuronal no seu cérebro fica ao rubro! Não direi que consome tantas calorias como fazer uma hora de ginásio ou uma corrida de final de tare, mas posso sim confirmar que o efeito após esse período é de alta importância.

Após a consulta e durante esse tempo semelhante a uma ressaca terapêutica leva a colocarmos várias questões. Algumas dessas questões surgiram durante a consulta, outras começam a surgir agora na nossa cabeça. As ideias parecem fluir com maior sentido. Ficamos mais despertos para coisas que nunca reparamos. Muitos desses momentos tornam-se momentos chaves no processo terapêutico, visto que aquilo que é apreendido no contexto terapêutico é aplicado no contexto da pessoa. Muitas vezes esta é uma fase que demora a ser acertada e como tal, necessita de tempo e treino.

Para saber mais sobre Como Funciona uma 1ª Consulta de Psicologia clique aqui.

 

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