STOP! Não Faça Nada Quando Precisar Tomar Decisões

Quantas vezes ouve dizer “devemos fazer alguma coisa para resolver o problema. Ficar parado sem fazer nada, não é aceitável”. Mas porquê ? Então, e quando o facto de fazermos alguma coisa, faz com que o problema aumente ? Quantas vezes ficamos entre a espada e a parede, entre o tudo ou nada e entre coisa nenhuma no que se refere à gestão do problema. Não chegamos à solução. Simplesmente não a vemos. Certamente, aconteceu alguma vezes ficar com a incerteza do que responder a alguém e começam os pensamentos a surgir ferozmente na cabeça…”Se digo é porque digo.  Se não digo, é porque não digo”. Por vezes respondemos tão impulsivamente a um problema, ou demoramos apenas uns meros segundos a dar resposta e nem nos apercebemos de quanto isso pode afectar gravemente a nossa tomada de decisão.

Farrell Silverberg autor do Livro “Dar O Salto” tem vindo a desenvolver há já vários anos uma técnica de contra analise (por assim dizer…), que vem refutar algumas das boas teorias sobre a gestão moderna de conflitos. Essa técnica assenta na ideia de que todos nós somos frutos de padrões de comportamento bastante bem acomodados no nosso sistema de pensamento. Quando algo sai fora desse padrão, instala-se o caos na nossa cabeça e surgem, por vezes, alguns comportamentos ou reações ao estimulo pouco adaptativos, por vezes até, bastante fora do baralho.

Isto acontece também quando respondemos a um problema sem antes refletir sobre ele, não dando tempo ao nosso sistema complexo de pensamentos para “parar para ver tudo como deve” e pôr uma lupa para analisar. Em vez disso, o nosso cérebro está definido por defeito a responder de forma imediata e o mais rapidamente possível.  Somos  por isso levados, sistematicamente, pelo nosso querido sistema interno a dar resposta a tudo, mesmo que tenhamos dúvidas claras sobre a situação. Isso faz com que tenhamos a falsa sensação que resolvemos problemas rapidamente (mesmo que em grande maioria estejamos a fazer más decisões). Na verdade, o que o nosso cérebro nos leva a fazer é responder já (!), para despachar o problema.

indecisão

Uma das técnicas utilizadas por Farrell nas suas sessões terapêuticas e que respeita à técnica número 2 (e é essa que vou partilhar hoje convosco),para gerir algum padrão interno de comportamento, trata-se da técnica de Não Fazer Nada (STOP). Sim, é isso mesmo, simplesmente… não fazer nada, parece ser uma boa técnica para resolver um dilema/um problema/ uma resposta a um acontecimento ou situação na nossa cabeça. Esta técnica tem o seu lado controverso é certo podendo ser muitas vezes mal aceite e interpretada quando se fala nela, mas tem em certa parte um bom resultado, ora vejamos:

Quando estamos perante um conflito que normalmente surge de um dilema, seja ele o que vestir ou o que comer, até o que decidir sobre a gestão de um negocio da sua empresa ativamos automaticamente os nossos escudos e tornamos-nos bastante ativos do que toca à proteção de nós mesmos e das nossas ideias.

indecisc3a3o1Passamos a uma espécie de agentes infiltrados capazes de acertar em qualquer mente que não colabore ou não concorde com as nossas ideias. Temos uma tendência natural para reagir compulsivamente e a grande maioria das vezes (se não todas…), ficamos a perder.

Perdemos, porque não ouvimos o que os outros nos têm para dizer, não paramos para refletir, pois utilizamos o chamado juízo de valor e assumimos uma postura altamente defensiva. Quando isso acontece e como dizia, temos uma tendência natural para a irritabilidade, para ficarmos agitados, para andarmos de um lado para o outro (o que pode ser benéfico até certo ponto)…queremos responder de imediato àquele email, ou aquela chamada que nos desapontou.

A técnica STOP (NÃO FAZER NADA) consiste nisso mesmo. Não fazer nada (naquele momento) e deixar que as nossas defesas assumam o comando para depois termos capacidade para baixar a guardar e ver o que realmente está a acontecer, ativando assim o nosso modo descoberta do sistema central (portanto do cérebro) e dando-nos a oportunidade de aprender e evoluir.

Quantas vezes repete os mesmos argumentos e repete exatamente o mesmo comportamento, vezes sem conta e anda numa espécie de círculos sem ter consciência disso ? Os nossos padrões comportamentais estão tão bem acomodados no nosso sistema que eles agem como se fossem invisíveis, pois eles vão, instalam-se e provocam em nós grande angustia. Obviamente, é muito difícil fazer uma mudança para os alterar ou em certa parte, encaixar, de forma mais célere na nossa rotina diária. Portanto a dica é esta:

Sempre que tenha algo para resolver e que o  deixou verdadeiramente irritado (fora de si em modo bicho-louco capaz de fazer alguma loucura), simplesmente não faça nada. Não decida! Permita primeiramente baixar toda essa adrenalina do momento, para poder posteriormente (quando estabilizado), parar para reflectir com maior amplitude de visão e analise critica construtiva sobre a situação. Por vezes basta afastar-se da zona de conflito por breves momentos, ir apanhar ar e regressar ao ponto de origem. Pode no entanto necessitar de maior tempo, como pedir um dia para decidir sobre algo que pode mudar a sua vida. Quem sabe se esse modo STOP, coloca uma PAUSA, pensa sobre o assunto e estará pronto para colocar um  PLAY muito mais atrativo na sua vida.

bidecisao
Retirado do Artigo BI na Tomada de Decisão do Dia-a-Dia

Bons STOPS 🙂

FC

 

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