Porque Necessitamos Tanto de Ser Reconhecidos Pelos Outros? (Mesmo Pelos Nossos Inimigos)

É natural que nos traga um sentimento de segurança e conforto quando os outros reconhecem em nós as nossas vitórias e conquistas. Mas será que é sempre assim? E quando começam a descrever as nossas dificuldades e angustias? Ficamos com a sensação de que nos “apontam o dedo” e nos querem criticar ou “passar por cima”. Tal efeito só acontece porque o nosso cérebro adora ser reconhecido pelos outros, pois ele alimenta-se desses pequenos elogios. Não faz muito sentido… porém faz ainda mais sentido, quando começamos a perceber que isso é uma espécie de mecanismo automático do nosso cérebro.

O que nos faz sermos quem somos, para além da genética, o comportamento, o pensamento, a atitude, gostos e formas de estar, é sem dúvida a forma como nos relacionamos com os outros, ou seja, a relação que estabelecemos com as pessoas à nossa volta. O sentimento de pertença a um grupo trás-nos uma sensação de reconhecimento de quem somos, permitindo em certo modo partilhar as nossas opiniões e ideias de maneira espontânea, natural e livre, estando certos que os outros vão partilhar de ideias próximas das nossas ou aceitar as nossas, sem grandes questões. No entanto, também é certo que é necessário sermos empáticos.

 

Mas o que é isso de empatia? A empatia não é só química, está também relacionada com a génese da nossa qualidade de interação e como esta está voltada para os outros, isto é, a nossa curiosidade, a capacidade para achar algo em comum com a outra pessoa e igualmente, a nossa disponibilidade para partilhar coisas pessoais ou profissionais com os outros. Ainda assim, há quem considere que não está a conseguir ser tão empático com os outros como desejaria. Bom, não desespere pois existem algumas coisas que podemos fazer para ajudar, como por exemplo:

  • Encontrar algo em comum com a outra pessoa – uma atividade, um livro, um filme, uma ideia;
  • Fazer perguntas abertas e não perguntas que apenas permitem as típicas respostas dicotómicas e simplistas “sim”e “não” – esse tipo de comunicação não dá espaço para a descoberta e para a partilha;
  • Repetir palavras ditas pela outra pessoa – isso dará a sensação de que realmente estamos a prestar atenção à outra pessoa e assim, estamos a contribuir indiretamente para uma sensação de bem estar e conforto;
  • Partilhar algumas coisas intimas – obviamente não começamos a falar com alguém e minutos de pois estamos a contar um grande segredo. Trata-se sim de partilhar alguma experiência que tenha sido verdadeiramente significativa por que tenha passado e que possa estar relacionada com o assunto em questão.

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Dito isto, quanto mais empatia for capaz de criar com as outras pessoas, maiores são as probabilidades dessa pessoa passar a reconhece-la e consequentemente, o seu cérebro ficará deslumbrantemente satisfeito e será uma excelente recompensa para que se sinta compreendido pelos demais à sua volta, o que inclui não só os amigos e familiares, como os colegas de trabalho e os clientes.

 

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