Nunca me tinha lembrado de fazer tal comparação com o nosso cérebro, mas depois de ler melhor sobre o assunto pus-me a pensar e realmente, faz todo o sentido.
Imagine um carro de formula 1 prestes a entrar numa prova exigente. Por norma, as provas são longas e implicam várias voltas na pista. Para obter bons resultados e poder subir posições rapidamente, é necessário preparar-se bem para cada corrida, treinar, mas sobretudo ter duas coisas essenciais: um bom piloto e uma boa estratégia. Nem sempre os melhores carros em pista são os que fazem melhores tempos. Consegue imaginar porquê?

1.O Piloto
O piloto é aquele que decide quando acelerar e quando largar o acelerador. Ele analisa o carro e quando entra nele, existe quase uma fusão entre ambos. O piloto tenta compreender como este responde em determinadas situações para poder adaptar melhor e definir cada estratégia. Não somos diferentes. Imagine-se dentro do seu cérebro -carro.
Primeiro, deve compreender como funciona, como fluem os pensamentos, como reage a determinados estímulos, o que o faz vibrar mais ou o que simplesmente lhe é indiferente. A isso chamamos gostos, interesses, life style e talvez até um pouco de personalidade.
Se for muito bom piloto, isto é, capaz de autocompreender, aquilo a que chamamos autoconceito, então está em vantagem em relação a um piloto que não conhece o seu próprio carro. Conhecer o carro (cérebro-carro), permite antever quebras em curvas ou perda de aderência nos pneus.

2. Estratégia de Paragens nas Boxes
Sabia que tão importante quanto um piloto conhecer o seu carro e ter competência para o dominar, é o facto de ter uma boa estratégia de entrada nas boxes?
Fazia ideia que a maioria das provas é ganha não pela competência total do piloto ou rendimento do carro em pista (mais velocidade), mas sim, na estratégia de entrada (quantas vezes e em que circunstancias) nas boxes?
Pois é… não é só a questão da entrada e poder “renovar” o carro, é sobretudo, dar tempo ao piloto para parar para pensar e poder estar novamente em pista com o máximo de concentração total. Duvida? então vou passar a clarificar:
Cada vez que um piloto pára nas boxes permite fazer um encaixe em microsegundos de reorganização mental, essencial para manter o fluxo do cérebro em andamento. Permite corrigir, redefinir e carregar baterias para entrar em pista mais concentrado e empenhado.
Cada paragem na boxe não é uma perca de tempo, mas sim, um investimento tático no desempenho. Abrandar para depois poder acelerar.
Como em toda a rotina diária devemos incluir na agenda “paragens nas boxes obrigatórias”, isso significa que devemos fazer pausas regulares no trabalho. Por vezes um simples esticar de pernas ou mudança ligeira no ambiente, como ir até a uma janela e regressar aumenta o fluxo de ideias, reorganiza as nossas ligações internas do cérebro e permite recomeçar a tarefa com maior nível de concentração.
Paragem nas Boxes F1 Ferrari Perfect (Assista ao vídeo exemplo de paragens nas boxes de formula 1 perfeita da Ferrari)
Experimente fazer isto mais vezes ao longo do seu dia, mesmo em alturas em que esteja a meio de uma tarefa que requer bastante concentração. Vai ver que o seu cérebro parece outro quando retoma a tarefa.
Não vale d muito ficar grandes períodos de tempo a sobrecarregar o cérebro, pois ele necessita de refrescar de vez enquanto. Uma espécie de computador que quando começa a aquecer, fica mais lento. Ao refrescar, torna-se mais rápido, mas principalmente mais focado e eficiente.
Se quiser ser um verdadeiro carro de formula 1, lembre-se de planear a sua agenda com a inclusão de momentos de “paragens nas boxes”.
#psicologia acompanhamento psicológico adoção ansiedade bem-estar brain cliente consulta psicológica covid-19 crescimento pessoal criança crianças cérebro depressão desenvolvimento pessoal dicas dor emoções felicidade filme filomenacpsicologa gestão mental happiness leitura ler life life style livro mindset padrão de comportamento pais pensamentos psicologia psicoterapia reflexões relação terapêutica relações serie tv sofrimento stress sucesso sugestão leitura terapia tratamento vida