A ansiedade pode surgir através de um gatilho, algo que nos incomodou e que passa a interferir com a nossa tranquilidade. A partir daqui, a ansiedade pode tornar-se mais presente e mais intensa ao longo dos dias seguintes se não fizermos nada para a contrariar.
Muitas pessoas sofrem com ansiedade há vários anos (chamamos a essa situação pessoas que sofrem de ansiedade generalizada) sem que tenham feito alguma tentativa concreta de inverter a situação. Por vezes, não o fazem porque não acreditam que vá resolver o problema e, noutras vezes, tentaram de tudo e mesmo assim, não têm conseguido ter sucesso. Mais à frente vamos perceber o porquê, como isso acontece, continue a acompanhar o raciocínio.
Chegado a este ponto, a desesperança faz com que as pessoas recorram ao tratamento pela via medicamentosa com a expetativa que a solução apareça com maior rapidez e eficácia. Nesta fase, a pessoa encontra-se angustiada com a sensação que a ansiedade nunca mais vai desaparecer, o que contribui ainda mais para o aumento da pressão e do desconforto. O uso de fármacos é sem dúvida alguma recomendada como parte do tratamento, mas importa que em primeiro lugar sejam esgotadas todas as ferramentas e técnicas contra a ansiedade que podem ser utilizadas e que demonstram resultados eficazes.
A meditação, o relaxamento e a respiração são técnicas recomendadas para ajudar a controlar a ansiedade, mas porque é que elas nem sempre funcionam? Vamos perceber melhor o que pode estar a fazer errado neste artigo, vamos a isso?

Em primeiro lugar, é importante reconhecer o que estas três técnicas (meditação, relaxamento e respiração) têm em comum – elas permitem ao nosso corpo baixar a tensão muscular. Na verdade, elas funcionam, a questão passa por saber mais algumas informações complementares que trago hoje aqui. Vou passar a explicar, preste atenção, é muito importante que compreenda o seguinte:
1 – Disciplina e Foco
As coisas não acontecem por caso, as coisas não se dão de um dia para o outro, o seu organismo, o seu corpo, a sua mente precisam de tempo (e compreensão) para se adaptarem. Como qualquer mudança de hábito que tenhamos de fazer, é preciso gastar tempo e alguma energia para que tenham efeito.
2 – Tempo
Querer atingir resultados em curto espaço de tempo só acontece nos filmes. O corpo e a mente precisam de tempo para se adaptarem à nova tarefa que estamos a incluir na nossa rotina, por isso não queira desperdiçar “o tempo útil de jogo”.
Comece por aplicar cada uma destas técnicas faseadamente e vá progredindo gradualmente: Primeira semana, 5 minutos por cada repetição; segunda semana 8 minutos por cada repetição; terceira semana 15 minutos por repetição; quarta semana 20 minutos por repetição e, dependendo da técnica e de como a encaixa na sua rotina, poderá ir até aos 30 minutos por repetição.
3 – Repetição
O problema das repetições é que não basta fazê-lo uma vez na semana. Para que as técnicas tenham resultados é preciso começar por aplicá-las ,essencialmente, 2 vezes ao dia numa fase inicial. Não nos podemos esquecer que no início vai partir de um ponto em que a tensão está bastante elevada e que é preciso ajudar o corpo e a mente a relaxar, por isso no início, comece por uma duração mais curta, mas será necessário repetir mais vezes. Qualquer aperfeiçoamento de técnica precisa de treino até se automatizar. Duas vezes ao dia, todos os dias, com aumento gradual é um bom ponto de partida.
À medida que o corpo e mente se vai habituando a este novo estímulo, não precisará fazê-lo duas vezes ao dia, provavelmente vai ser suficiente fazê-lo apenas uma vez por dia. É importante, no entanto que compreenda que, também numa fase inicial, é preciso fazê-lo todos os dias para que seja criado este hábito. Depois de se tornar parte integrante dentro da rotina, não vai ter qualquer problema a fazê-lo.
Com o passar dos dias e das semanas, os seus níveis de ansiedade vão estar mais baixos e mais controlados, logo quer dizer que não vai sentir a tensão tão intensa como acontecia no início. Provavelmente a partir daqui, poderá passar para dias alternados ou até mesmo, começar a aplicar estas técnicas apenas nos momentos em que sinta necessidade. Se costuma ter dificuldade em cumprir objetivos e facilmente passa do estado motivado para a procrastinação e desmotivação, pode ser benéfico para si fazer uso de alguns aplicativos, que facilmente pode instalar no seu smartphone ou tablet e fazer uso. Escrevi recentemente um artigo muito interessante sobre esta matéria que vai gostar – “7 Dicas Simples e uns ‘Quantos’ Recursos que Não Vai Querer Perder para Lidar com a Ansiedade” vai encontrar uma listagem de aplicativos que estão ao dispor e que recomendo usar.
Não se esqueça que os aplicativos são uma ajuda complementar ao tratamento. Para um tratamento efetivo, consulte sempre um profissional qualificado da saúde mental.

4 – Personalização
Cada pessoa adapta-se melhor (ou pior) a qualquer uma das técnicas, por isso é preciso experimentar todas para compreender qual delas gosta mais e qual delas é melhor para si, para obter melhores resultados.
É impensável tentar introduzir uma nova atividade na nossa vida, na rotina diária e não gostarmos dela fazendo-nos sentir ainda mais desconfortáveis. Experimente todas, não desista à primeira tentativa e ajuste-a ao seu estilo de vida e ao seu ritmo. Como bónus partilho o artigo que o vai ajudar a ter aquele primeiro empurrãozinho inicial – “Iniciação à Meditação: Porque Parar 5 Minutos por Dia Pode Ser Fundamental?”.
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