Viver numa sociedade moderna e exigente, pode, muitas vezes, levar-nos a ultrapassar os nossos limites, resultando como consequência negativa numa condição física e mental conhecida como Burnout.
Senti necessidade de escrever este artigo, tendo em conta os casos mais recentes de pedidos de ajuda que recebi e para demonstrar, que nenhum de nós está imune a uma situação destas. Ninguém é fraco. Para essa demonstração, nada melhor, do que tratar de um caso, este caso é o meu próprio caso. A minha própria experiência pessoal de lidar com uma fase de burnout na minha vida.
O burnout pode manifestar-se de diversas formas, afetando tanto a esfera profissional quanto a pessoal. Segundo Christina Maslach e Susan E. Jackson, especialistas em psicologia organizacional, há sinais específicos que podem indicar a presença de burnout. Estes incluem exaustão emocional, despersonalização e diminuição da realização pessoal no trabalho.
Sinais de Burnout
- Exaustão Emocional – desgaste da empatia e diminuição da compaixão pelos outros
- Menor realização profissional – avaliarmo-nos negativamente na nossa performance
- Menor motivação e envolvimento nas tarefas – perda de engagement (ligação)
- Falta de energia, enxaquecas, dores musculares, alterações no sono, alterações no apetite…
- Menor satisfação geral com a vida
- Deterioração dos laços familiares e sociais
A Minha Experiência Pessoal
Eu própria vivi uma fase de burnout há alguns anos atrás. Numa altura, foi me atribuído um cargo de direção intermédia, onde me era dada a responsabilidade de estar em serviço permanente 24h/dia, em 365 dias no ano. Algumas vezes era chamada durante a madrugada para resolver problemas. Foi uma fase muito exigente, pois tinha aceite esse desafio e assumido para comigo mesma, que conseguia gerir dois trabalhos com dedicação plena, porém, vi-me em situações de ter de negar convites sociais e chegar tarde a eventos familiares. Nesta fase, também estava num momento de mudança pessoal, aluguei uma casa e fui morar sozinha pela primeira vez.
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